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Escrevendo várias histórias

Escrever um livro, um poema ou um conto pode ser por si só uma tarefa bem frustrante. Você tem uma ideia, algumas linhas e detalhes surgem, mas, assim que você se depara com o cursor do Word ou o papel em branco, sua mente congela, e você começa a se questionar, qual o título? Qual o começo certo, como serão as primeiras linhas?


Se isso pode ser uma tarefa complicada, imagine a simples ideia de escrever várias histórias simultaneamente...


O objetivo desse artigo é:

● Tirar sua ideia do papel;

● Te dar métodos diferentes para escrever;

● E claro, escrever simultaneamente.

O Começo:

Ao escrever qualquer coisa, eu me sinto como um desenhista que começa com um traço e não sabe onde isso irá acabar. Mas a parte mais interessante da escrita é o processo do flow: começar a escrever e entrar em um estado de imersão tão profundo que, ao acabar, você olha pro resultado, sente um orgulho e até se pergunta se foi realmente você.


Pois bem, ao longo do tempo tenho percebido que o processo de escrita funciona muito mais como uma jornada, na qual, independente de você ter começado pelo primeiro poema ou pelas primeiras linhas do livro, à medida em que escreve, é como se a obra ganhasse uma espécie de vida. Assim, pouco a pouco, a mesma obra parece nascer, como se falasse com você, como se fosse mais um personagem de uma narrativa fantástica.


Por enquanto, eu poderia apontar alguns princípios que te ajudariam nessa jornada literária:

a) Imersão com a escrita;

b) Começar com o que você tem;

Por exemplo, a imersão, juntamente com as primeiras ideias que você tem, possuem o poder de te teletransportar para sua história, logo, o que eram algumas linhas, se tornam páginas, que se tornam capítulos e assim por diante.

c) O que nos leva ao terceiro ponto: poesia. Apesar de intrigante, também é o conselho de um dos maiores escritores de ficção científica, Ray Bradbury. Ler poesia como uma forma de continuar inspirando seu trabalho, e não só isso, na poesia é muito fácil encontrar ideias que podem dar origem a um capítulo da sua narrativa, você pode captar palavras que lhe chamaram atenção, temáticas e a lista segue.

Como fazer:

Logicamente, existem três maneiras de criar um livro, isto é, para ser simplista. Assim, você pode optar pela pura imersão e escrita, que tende a funcionar em alguns casos. Por exemplo, Chuck Pallaniuk, escreveu Clube da Luta em apenas 1 semana, já O menino do Pijama Listrado foi escrito em impressionantes 48 horas, e até Mary Shelley se inclui.


Outra forma clássica pode funcionar é o método Snowflake, isto é, começar com uma breve frase ou uma descrição do enredo, reescrever essa frase tantas vezes quanto possível até ir criando camada após camada. Dessa forma, você pode criar os personagens, os arcos, biografias para os personagens, e ir aprimorando cada vez mais.


Essa é uma forma muito útil e prática, caso você sinta ansiedade durante o processo de escrita, e goste de ver o processo “bem redondo”.


E, por último, você pode criar uma quantidade fixa de palavras por dia, de forma que possa escrever no seu ritmo e ir desfrutando desse processo. Foi dessa forma que construí diversos livros de poesia, durante esse ano de 2020, apenas adaptei a técnica para poder escrever “n” poemas por dia.

Imagem disponibilizada pelo autor

Nessa imagem acima, você pode ver como funcionaria. Nos dias em que se sentisse apto, poderia escrever à vontade, enquanto que, nos outros dias, poderia escrever nada ou até mesmo dois ou três textos, assim, a vantagem é que alguns poucos dias podem compensar inúmeros outros.


Ou seja, utilizando-se dessas técnicas, em questão de semanas, você pode ver um grande avanço na sua escrita e, logo, somente após ter finalizado, os textos entrariam no processo de revisão, ajuste de pontuação e assim por diante.


Agora, com os métodos em mãos, fica mais fácil enquadrar sua escrita de poemas e/ou livros de ficção seguindo o modelo Snowflake, bastando reler seu trabalho e cumprir uma cota diária.


Sendo assim, algumas coisas mais poderiam te ajudar a cumprir esse feito épico: criar esqueletos para suas narrativas/capítulos, fazer anotações nas laterais de seus textos para novas ideias e afins e lembrar de jamais copiar a você mesmo, pelo amor de Sauron.


Seguindo esses modelos, a visão final do seu livro ficará mais clara, consistente, e melhor, à medida que tomar esses processos como seus, tudo ficará um pouco mais prático.


Então, agora, é a sua vez de contar as histórias que esperam pelos seus dedos :)


 

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